DIAGNÓSTICO ETNOGRÁFICO DA ESCOLA ESTADUAL ONÉLIA CAMPELO
PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
A
Etnografia lida com pessoas em grupos organizados, podendo serem chamados de
comunidades ou sociedades. Estuda a cultura, que é o modo de vida que
caracteriza um grupo, envolvendo aspectos de comportamento, costumes e crenças
aprendidos e compartilhados.
Segundo
Wolcot (1975), (apud BOGDAN e BIKLEN, 1982), para um estudo ser considerado
etnográfico é preciso verificar se a pessoa que lê esse estudo consegue interpretar
aquilo que ocorre no grupo estudado tão apropriadamente como se fosse membro
desse grupo.
Sendo
assim, este trabalho de pesquisa visa verificar, através de um diagnóstico de
cunho etnográfico, a Escola Estadual Onélia Campelo.
- INFRAESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA
A
Escola Estadual Onélia Campelo está localizada na Rua Santa Terezinha, número
380 A, no Santos Dumont, em Maceió. O bairro não conta com centros culturais e
de recreações públicos, além de ser uma comunidade com renda vinda do setor
terciário, carente e com altos índices de violência.
A
escola possui um total aproximado de 1.516 estudantes, que estão distribuídos
nos turnos da manhã, tarde e noite, de modo que, 770 estudantes estão
distribuídos nas turmas do ensino fundamental, 347 alunos no ensino médio e 399
alunos na educação de jovens e adultos (EJA).
Na
sua infraestrutura, a instituição está organizada da seguinte forma: existem 15
salas de aula, 1 pátio grande, 1 biblioteca, 1 auditório, 1 laboratório de
informática e robótica, 1 laboratório de ciências, 1 laboratório de matemática,
1 laboratório de multimídias para alunos especiais, 1 bloco administrativo
(formado por direção, secretária e arquivo, sala de coordenação pedagógica,
sala dos professores, sala de material didático e 2 banheiros), 4 banheiros
para os alunos, estando divididos em 2 masculinos e 2 femininos, 1 cantina ou
refeitório, 1 cozinha, 1 despensa, , 1
ginásio esportivo com sala e banheiro para o professor e despensa para material
esportivo, 1 espaço para instalação de elevador, tv, antena parabólica,
copiadora e datashow.
Entretanto, essa
estrutura encontra-se em situações “precárias” atualmente. As salas de aula estão
com as portas, bancas, quadros e ventiladores quebrados, e, faltam cadeiras
para os alunos. Além disso, a quantidade de alunos dentro de cada turma é
grande, muitas vezes ultrapassando 40 alunos.
Em relação aos laboratórios, o de ciências possui vários materiais a serem utilizados pelos alunos, mas que são ao mesmo tempo limitados. Já o de informática e robótica, que passou a ser o também o de matemática e multimídia, está com dificuldades de funcionamento, já que, segundo relatos de um professor, os computadores são antigos e acaba dificultando a sua utilização. O professor disse ainda, que o material novo que a escola recebeu, por segurança, tinha que ficar em uma outra sala fechada, para evitar furtos, entretanto, por essa razão, os computadores novos foram levados para outra instituição, ficando somente os computadores antigos, que funcionam precariamente, além de serem em pouca quantidade. Para a utilização dos laboratórios, é necessário o agendamento feito pelo professor, com antecedência.
A biblioteca possui uma vasta coleção que varia entre infanto-juvenil, poesia, bíblicos infantis, livros didáticos, contos, teatro, ficção, novela, dicionários, livros infantis, cordel, política, entre outros. Os alunos podem locar os livros durante 7 dias, podendo ser feita uma renovação por mais uma semana. Em um diálogo com alguns alunos, foi destacado problemas com os horários, pois na hora do intervalo, o local ficaria fechado e os alunos acabavam não frequentando nesse período livre que eles teriam para ir até lá.
Já a cantina, fica localizada no pátio do colégio, onde é distribuída a merenda para os alunos. É necessário destacar, que no local não há espaço suficiente para a quantidade de alunos, que acabam se acomodando no pátio. Outra coisa que chama a atenção, é a pouca qualidade e quantidade da merenda, os alunos reclamam bastante e sugerem a melhora, pois muito ali, tem a primeira refeição diária na escola. Além disso, a água disponível para os alunos beberem, também precisa ser observada, já que tivemos relatos da presença de impurezas nela.
Os banheiros estão, atualmente, em condições precárias. Poucos boxes funcionam, a iluminação é péssima e não fornece ao aluno a "privacidade" necessária. Há, no primeiro andar, dois banheiros que estão fechados, pois, devido ao comportamento de alguns alunos, a escola preferiu fechar os banheiros para que não houvesse a sua depredação. E assim, os alunos acabam tendo que utilizar banheiros que não fornecem a eles nem ao menos a higiene necessária, podendo até ocasionar algum problema de saúde nos discentes.
Em relação a quadra esportiva, ela é pouco espaçosa e é necessário ser feita uma divisão ao meio para que todos usem-lá, além de que a cesta de basquete está inutilizada, "jogada de lado" na quadra. Possui rede de vôlei, mas quase nunca a utilizam, e, as bolas usadas nas aulas são trazidas pelos próprios estudantes. Outro fator que percebemos reclamação dos alunos, principalmente das meninas, foi o banheiro que fica na quadra.
Em um contexto amplo, a pintura está antiga, a instalação elétrica comprometida, foi colocada uma grade na entrada para prevenir os assaltos, o muro da escola é muito baixo, então facilmente alguém pode ter acesso à escola por ele. Ressaltado ainda o estado em que se encontra as salas de aula, falta cadeiras, e estas estão quebradas ou em péssimo estado, as salas não são climatizadas, os alunos ficam o tempo todo no "calor".
Os alunos reclamam constantemente da falta de segurança na escola, relatam de assaltos que ocorrem sempre nas imediações do local e enfatizam que os assaltantes "roubam tudo". Houve também casos de uso de drogas no colégio. Os estudantes contam que já viram alguns alunos usando drogas e bebidas alcoólicas no banheiro e na escada, que hoje está interditada.
Em relação a quadra esportiva, ela é pouco espaçosa e é necessário ser feita uma divisão ao meio para que todos usem-lá, além de que a cesta de basquete está inutilizada, "jogada de lado" na quadra. Possui rede de vôlei, mas quase nunca a utilizam, e, as bolas usadas nas aulas são trazidas pelos próprios estudantes. Outro fator que percebemos reclamação dos alunos, principalmente das meninas, foi o banheiro que fica na quadra.
Em um contexto amplo, a pintura está antiga, a instalação elétrica comprometida, foi colocada uma grade na entrada para prevenir os assaltos, o muro da escola é muito baixo, então facilmente alguém pode ter acesso à escola por ele. Ressaltado ainda o estado em que se encontra as salas de aula, falta cadeiras, e estas estão quebradas ou em péssimo estado, as salas não são climatizadas, os alunos ficam o tempo todo no "calor".
Os alunos reclamam constantemente da falta de segurança na escola, relatam de assaltos que ocorrem sempre nas imediações do local e enfatizam que os assaltantes "roubam tudo". Houve também casos de uso de drogas no colégio. Os estudantes contam que já viram alguns alunos usando drogas e bebidas alcoólicas no banheiro e na escada, que hoje está interditada.
- PESSOAL
A Escola Estadual Onélia Campelo é formada por um conselho escolar, gestor, coordenação pedagógica, secretário escolar, professores, técnicos administrativos, vigias, merendeiras, auxiliar de serviços gerais e alunos. Ao todo são 56 professores, distribuídos nos três turnos.
O contado dos alunos com a gestão se dá através do grêmio estudantil, entretanto há relatos de dificuldades de diálogo com a coordenação.
Meu contato está sendo com as turmas do 8 ano A e B, pela manhã, ministrada pela professora Socorro e nas turmas do 9 ano C e D, pela tarde, ministradas pelo professor Ricardo.
- PROJETO PEDAGÓGICO
Segundo Leonardo, os professores têm que evitar o comodismo e buscar entender os alunos e aprender a usar o que eles tem de melhor, afinal, as teorias não se limitam. Já em relação a evasão escolar, nos foi informado que, devido a baixa renda dos alunos, muitos largam a escola para trabalhar e manter a casa. Outro fatos também pode ser a falta de acompanhamento.
É proposto na escola atividade extraclasses, entretanto, os alunos alegam serem muito poucas. Todo ano acontece o projeto de leitura, que busca trabalhar a prática de letramento. Mas, como já mencionado em meus diário aqui no blog, há uma falta de "organização" diante da programação e estruturação do projeto. Segundo a escola, também acontece os jogos internos e uma gincana.
Em relação aos casos de violência, bullying, indisciplina, dentre outros, a coordenação alega que teve tempos em que era muito constante os casos, mas que a escola mantém contato com o conselho tutelar, além das medidas tomadas dentro da instituição, como chamar a atenção do aluno e entrar em contato com os pais ou responsáveis dele.
Projeto leitura 2018.
- RELAÇÕES INTERPESSOAIS
- PROPOSTAS DOS ALUNOS PARA A ESCOLA
2. Melhoria no comportamento, tanto dos alunos quanto dos professores e coordenadores.
3. Melhoria da merenda e água adequada para os alunos.
4. Aulas de informática.
5. Ventiladores e cadeiras novas.
6. Mais segurança.
7. Policiamento nas imediações.
9. Fardamento novo.
10. Diminuição na quantidade de alunos por turma.
11. Ter um melhor acesso à biblioteca, dentre outros.
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